Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado

A Política De Trânsito Bolsonarista

O atual governo de Jair Bolsonaro, menospreza dados e estatísticas, com mudanças no código de trânsito e da vida da população, em mais um de seus decretos, com uma visão que contraria todas as possibilidades de uma política para redução dos crimes e infrações de trânsito.

Respeito É Pra Quem Tem

Prosa Maloqueirista

"Eucoloro - A Cidade Limpa Contra a Arte de Grafiteiros"

RG Noise City

Conversa Entre Rappers

segunda-feira, julho 16

Sua Imagem é Semelhança - ATO #1 Troca de Desenhos, Arca de Arte, Florianópolis-SC - (ALMA, Toy e Cauê on)


Sua Imagem é Semelhança

ATO #1 Troca de Desenhos, Arca de Arte, Florianópolis-SC
 (ALMA, Toy e Cauê on)

“A força está no que você acredita”
Cauê



 Às vezes, podemo-nos ver e sentir, abstrair os sentidos. Seremos nós? Ou uma indução voluntariamente involuntária... Minhas memórias supostamente reais... (As entidades caíram).

 Em minhas esquinas esquisitas, mal desenhadas, com as cordilheiras de assentamentos dos rebanhos humanos, faço lufadas continuadamente pelo tempo ditatorial, pelo passado fraco, que só tinha intuição deixando essas missões impossíveis, buscando apenas “ritmo para alcançar a simplicidade”, já o que o resto o dinheiro compra, a minha não negocio. A simbologia só é permanente até o dia que priorizamos suas mudanças, acabamos não a buscando por dever, e por que assumir um futuro do qual ninguém o tratou, sem nem uma escolha passamos a destruir os nossos causos para que a integridade e futuro da memória da elite siga em crescimento.

 _ Mais uma... Mais duas... Mil cairão a sua direita, dez mil a tua esquerda, mas tu estarás de pé. Deus chamou Davi ao pé da letra, quer dizer, da batalha... E tinha um amigo que sempre me dizia, com olhar terno e sagaz; “você é planta ruim que prolifera em qualquer lugar”, e temos que ser forte. Impressiona-nos de sermos assim, realidade e fantasia capaz de suportar a dor. Esse dilema de matar um leão por dia acabou faiz tempo, reze pra matar um por semana, quatro por mês, coma dois e guarde dois... Empunha teu canivete suíço e boa caçada; porquê os leões estão soltos...?

“A paz do homem é incapaz de esconder sua violência”.

Cada dia mais perto de encontrar a personalidade, acabamos por nos afastar de nossos instintos, supondo melhorar fatos e fatores, que ainda por sinal, (dizem que nos rodeiam), o homem que não parte de sua capacidade, conselho, ou luz alguma segue, além da vastidão de seu espírito, a tração é corriqueira, e sequer sabe-se até onde vai o profundo do que ser uma miséra poça de lama.

Desorientado de perseverança, humildade, instinto, paz e maldade, tem que andar juntos, para que use se acaso houver querer que provem da tua vergonha. Eu estava mais que perdido na contenda da Arca de Arte, no terminal da lagoa, sentido Igreja dos Araças, visual que faz pasmar pelo vento que rasga as torres miúdas e imponentes, robusta de altura, e sossegada pelo medo, era um pouco da rua João Alberto da Costa, 688.

Atravessando agora os portfólios, essa troca do que se diz desenho, mas se ver a capacidade pessoal de trocar, ou como mesmo fraseavam parte e necessidade de “escambo”, tomava posse na singularidade, numa realidade constante e frenética que só as canetas desses induzidos, abduzidos, podem decifrar no seduzir-se da luz.  Traçando sem traçado, o risco, o espasmo, um olhar talhado, é ponte inacessível e constante, fora do imediatismo e centrado na evolução que as personalidades adquirem, como os animais, em senso coletivo, vibrando em decisão, e caçando em conjunto um espaço sem limites para transitarem.

Seguimos assim, cada qual procurando a morada absoluta, sem ser aquela oferecida... vamos em decadência, ao absoluto regime, e a total discordância. Os trabalhos vão se adentrando a cada momento como caixas sobrepostas em outras que vão se abrindo, das maiores a menores, e ao contrário também, pois o nosso rumo foi neste momento estar aqui.

A Alma sente.
O que nenhum PH em mestrado vai reprimir.
 _ Não é seu Fela?
Se tu me deste, eu ia Dar-te!
Que nada Toy, as imagens vem de um Driin é corporal.
Avisa pro Japa, que o Dennis xilogravura.
Porque o Gian foi buscar mais pvc...
Enquanto isso traz logo aquela Coxa.
Por que o Gaúcho está com um Vício,
E nenhum mais quer largar.

 Aos irmãos esquecidos, na memória estão lembrados, o nome é poema, e a prosa... Convenhamos cá não temos muito tempo pra histórias, mas também num tamo nessa de papo reto, sem franqueza nenhuma, que seja verdade ou não, tá valendo...

 Transportado pelo imediatismo, e concessão, vamos tomando de mão em mãos aquilo que não é nosso, mas parece de todos. “A arte é uma doida’vã passagem dos sinismos que cobramos”, é a porta de tensão, aberta para um alívio. Que seja imediato. Breve. Mas que seja. Afinal de contas, nem sempre o mais durável é artístico. E nem sempre o mais artístico é durável.

 Eis, o eis da questão. Ser o que ela é, ou o quão pequeno e grandes somos com ela. A humildade continua sendo uma luz ao artista, uma ponte que faz sobressair naturalidade e inspiração, expira e explode. O ar frio e repentino faz tilintar as palavras intricáveis, e pesos que sustentamos sem dor, todavia, participamos, convivemos, expandimos nosso senso comum e incomum.

Lar, doce lar,
Barraco, doce barraco,
É a rua.

 O ser humano não requer esforço para usar sua memória, ainda que fugida, e tensa, nos mais remotos seres, ela é uma condução, a portabilidade de uma conexão do passado com o presente, ou simplesmente, consegue reconhecer quais propriedades estamos dando para que seja forçada a nos dar a casualidade  de fazê-la funcionar. Foram nesses caminhos, depois de conhecer o Carlinhos, que Alma, Toy e Cauê On, fizeram esse transplante de passagens antigas até agora para nós.

 A cultura, fonte de expressão popular e causadora de impactos com o forte relacionamento da arte, transpôs à os ávidos semblantes, desmaterializando os impactos que sofremos com a cordialidade e recepção que não temos nesses mundaréus à fora...

Não é dimensão de uma função, é a dimensão da existência. Devemos queimar os salvadores das obras primas, se o especialista não é dono do jogo; quem sou eu? A paridade é fundada na regra?  Do que adianta pensadores, estudiosos, se a crítica mental não exerce trégua com seus olhos inobservantes a realidade? Do que... “O passado é lindo gente!” E vocês por mais que se embasem nele e apoiem suas cabecinhas em seus ombros e chore de saudade; vocês nunca o usaram! Venham cair neste progresso, por não saber a solução do passado, por não abrir olhos a este presente, por crucificar tudo e a todos com seu instinto para ser crucificado. Estou falando de arte urbana, da guerra dos pobres homens dos guetos que falam através de pequenos percursores...

 temos na cidade,

uma história dos usos ou o uso como história,

pois o repertório de um ambiente urbano é tradição

e tradução dos usos. “

Ferrara; Lucrécia D'aléssio

 Centros históricos podem morrer esmagados com o peso das periferias! __ alguém viu o Rio? É só um pequeno reflexo... Imagina esse povo lutando pelos seus direitos, exercendo suas vontades, expulsando seu murmurejo e silêncio... é uma pena não sabermos usar as armas para as coisas certas, e o grito desses suburbanos não representa um soluço do nosso povo, e de violência já estamos atados...



As periferias fizeram de seu espaço, um espaço de lutas,

Um terreno de memórias diferentes,

E um encontro de vozes desiguais.

Canclini; Nestor Garcia”.


 Colônias foram municipalizadas, (para serem outras colônias), e qual é a filosofia dos burgos? De onde a elite tira o pensamento e o viver dos outros... Os modernistas fizeram a contrapelo uma releitura reescrevendo a literatura do país, “iletrados dos analfabetos”, agora lhes digo o seguinte:

 Saudamos a glória do que se diz cultura da metrópole, é um concretismo ácido de registrar a dominação da chamada cosmopolita sob esse comportamento profano moderno quando o momento da presença de espírito se perdeu. Quando só resta a memória decifrar os sinais dando a linguagem o seu tempo duradouro. As cidades mostram que se constroem na atração e na repulsa, na exclusão e na comunhão, no conformismo e na resistência, a cidade em sua banalidade é potencialmente rica.

 Assim como na década de 20 com o Brasil se preparando para as comemorações do Centenário da Independência, de sua nova postura em 1922, onde por toda se ouvia falar em “raça”, num país caracteristicamente mestiço como o nosso, no sentido de identidade buscada, de uma cultura que deseja delinear, vontade de projetar orgulho de ser brasileiro. Na busca dessa descendência de riqueza, foi o que acabou influenciando grande parte da nossa arte e cultura, “movimentos como o Futurismo vinham exaltar a máquina e cultuar a velocidade. Depois da Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo, (este último me chama atenção pelas obras de Salvador Dalí, artista contemporâneo que foi esquecido por nossos intelectuais friamente em suas viagenzinhas a Europa, raramente lúcido, mas seu trabalho atingiu o público com tal impacto no ano de 1927 em Paris que varreu os padrões de bom gosto e as barreiras da estética tradicional em seu tempo até os dias de hoje, (talvez por serem mais comerciais e um tanto enrustidos), ou de repente por ele parecer um “ser” revoltado, pelo seu nítido rompimento com essas frescuras modernistas e projetos como o de um “político-literário”, me aproprio de uma frase deste também pintor/escritor:  “Nunca uma obra-prima foi criada por um preguiçoso”, e não foram citados por eles, talvez porque Salvador Dalí sempre quis servir a sua própria necessidade, até porque antes de todos movimentos e expectativas para o mundo o homem era um gênio, deixemos... vai ver lá tanta pintura lhes afetavam os olhos... Esses movimentos apareceram como reflexos dos horrores da guerra, em suas versões críticas ou bem-humoradas.

 O estado de Santa Catarina tem um registro histórico de raças que ultrapassam todas as expectativas quando falamos em tradição das culturas europeias no Brasil, ideologias de suas antigas colônias que se transformaram em cidades, e futuramente quem sabe, cidades que serão reduzidas a colônias. É um patrimônio intelectual e imaterial deles em nossa terra.  São as vozes de nossas terras sobre seus intelectos imateriais que se transformaram em verdades, e uma mutação cordial, rude, implícita e impactante na capacidade de continuar sobre os mais difíceis detrimentos que as culturas populares sofrem, mas assim como meu conterrâneo:  Graciliano Ramos, que foi um dos maiores regionalistas surgidos na década de 30, um escritor “seco e contido”, ando feito ele, acostumado a mostrar em suas obras, “a desumanização do homem nordestino”.

 Os traços percorrem os seres de trás pra frente, no piscar de olhos... o reflexo, a composição e a mistura de cores se atenuam, formam contexto, assimilam a voz do pensamento humano, o prazer de existir e resistir ao tempo como um ignóbil ser que se degenera da vida mórbida. O Neoconcretismo possibilitou uma linguagem subversiva capaz de simplificar os modos, atacou a elite paulista amarrando os punhos de literatas como Haroldo de Campos, com sua “criação inatingível” de poesia concreta aos fragmentos da cultura urbana. Por mais que São Paulo seja a força do país, os meus escritores favoritos são os nordestinos. E desta metrópole que erguemos, vejo engolir sua cultura... Eu prefiro “suas mostras”, ela se fomenta, causa mais fome e preenche os vazios, é uma humanidade mais ideal que  torna-se a realidade em concreta priorizando as vozes dominantes. Gullar derrubou, esbofeteou... Não mais como etnólogo e como membro da minha civilização sinto no âmago essa “expropriação” quando revejo imagem de São Paulo de sessenta anos atrás, certamente teria o mesmo sentimento, diante das fotos  é como se fosse Paris, Nova York, Tóquio...  Ruanet que falava do mal estar da modernidade, do individualismo social anárquico, de um ser de desconstrução permanente que dá o sobrenome emprestado a figurões artísticos possibilitando o crescimento dos que já são grandes, lembre-se: que a lei é sócia dos “homens de bons nomes”, esse terrorismo que tem como conceito político abreviar futuros (é uma recompensa no mundo das artes), sintetizar imagens “ao invés de ir até elas”, escrever manifestos com máscaras é só uma apologia ao existente.



 “Sempre há algo irredutível que pode vir a luz da posteridade,

quando seus herdeiros também participarão,

assim, da obra.”          



Ruanet; Paulo Sérgio



Temos sintaxe e raciocínio vanguardista para saber o que é melhor para as obras nacionais?  A crítica dos valores nacionais não se deixa colorir pelos valores regionais. A estética neonaturalista, (revestido sempre de boas ações), com interesse exclusivo pelo “tempo presente”, cria nos artigos a impossibilidade de o “leitor comum” com um mundo de falas e lendas brasileiras, ser figurativo, original, imaginário, é tão fácil quanto um olhar do “abraço que pede outro”, e os olhos cansam de ver em algum instante as mesmas coisas.


“Foi porquê nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca Soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-mundi do Brasil.”

Oswald de Andrade

 ...Chega de deixar pistas em pleno século 21, o caminho foi traçado a tempo, façamos o exato acontecer sem êxito por ter seu devido momento, o indivíduo vive com a monopolização da memória, ora por ser fraco ora por ser oprimido, por não ter um gênio perspicaz, infiltrando-se em mistérios, onde requer sua presença, vamos enfrentar a cultura dominante, com a nossa visão e conteúdo de uma mesma humanidade.


“Quem tem medo de seguir, fica...”

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EuCor Reprime Brasil
Estudo Cinematográfico Utopista Onipresente Regionalista

Texto e Fotografias: Humberto Fonseca
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