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A Política De Trânsito Bolsonarista

O atual governo de Jair Bolsonaro, menospreza dados e estatísticas, com mudanças no código de trânsito e da vida da população, em mais um de seus decretos, com uma visão que contraria todas as possibilidades de uma política para redução dos crimes e infrações de trânsito.

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quarta-feira, agosto 3

Pocket Literatura: Raquel Wandelli: Mulheres fazem cortejo no Largo da Catedral em protesto contra violência + (Devaneios) Karina Meireles: Feminismo? Caridade + Humberto Fonseca "O Vazio da Noite e O Lírio dos Cânticos"


Mulheres fazem cortejo no Largo da Catedral em protesto contra violência

Em alusão ao número vítimas da violência doméstica, o Projeto “5760 Diante dos olhos de Deus” faz uma performance no Centro para exigir a construção de um abrigo em Florianópolis de proteção às mulheres agredidas ou ameaçadas

 Mulheres marchando pelo centro da cidade sob o estampido secos dos tambores, de cabeças baixas, carregando andores de imagens de vítimas da agressão sexual, mudas, emudecidas. Com esse cortejo silencioso e triste, que simula o comportamento acuado comum às mulheres violentadas ou agredidas, um grupo de 30 estudantes da UFSC e Udesc, militantes, donas de casas e profissionais de todas as áreas quer chamar a atenção para o principal problema de saúde do mundo: a violência sexual. Lideradas pela aluna do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Ilze Eliane Körting, elas realizam às 17h15min de sexta-feira (5), na semana que marca cinco anos da promulgação da Lei Maria da Penha, no Largo da Catedral, em Florianópolis, a terceira performance do Projeto “5760 Diante dos olhos de Deus”, que tem como principal bandeira de luta a reivindicação de uma casa de abrigo para vítimas de agressão e ameaças.

 O número é alusivo à quantidade de mulheres que sofrem agressão em um dia no Brasil. E também corresponde à quantidade de imagens femininas que as manifestantes vão empunhar durante seu silencioso protesto ao rufar dos tambores do grupo de Taikô Shimadaiko. O Taikô faz música de celebração japonesa para que mensagens possam ser ouvidas e para evocar coragem. Durante todo o mês de férias, elas se reuniram em uma sala da UFSC, onde montaram um QG para confeccionar o gigantesco varal de rostos machucados com o qual buscam dar visibilidade às vítimas.  São 480 varais que perfazem o comprimento de mais de dois quilômetros. As faces foram reproduzidas uma a uma em molde de raios-X sob tecido e pintadas em aquarela.
Repetida no Dia Internacional do Dia da Mulher, em março passado, a performance mostra a conta que ninguém faz da violência diária contra a mulher (veja box), que normalmente é domestica mas se estende para escola, trabalho, espaços públicos. “Queremos que a sociedade faça reflexão a respeito e para que pessoas percebam urgência de uma casa abrigo em Florianópolis como em outros municípios em Santa Catarina”. Pela lei, cada cidade com 50 mil habitantes deveria ter uma casa abrigo ao menos.
Durante a semana as manifestantes vão entregar panfletos que falam a respeito da questão, além de informar a população como acessar a AL e a Câmara de Vereadores para cobrar a criação da casa-abrigo para Florianópolis. Ilze explica que as mulheres farão um cortejo no centro da cidade, em total silêncio, de olhos baixos, sem contato visual, pois é assim a postura das mulheres que acabam de ser agredidas. “Além de vergonha se sentem culpadas, porque asociedade sempre responsabiliza mulheres por tudo”. Uma delas estará de burka, lembrando que a mulher brasileira usa uma burka simbólica, “que já está dentro dela”.  
Formada em Ciências Sociais pela UFSC e estudante de sétima fase de Cênicas, Ilze Eliane Körting, ela própria uma ex-vítima de agressão, criou o Projeto 5760 em novembro do ano passado, quando realizou a primeira performance. A iniciativa integra o Grupo de Pesquisa em Artes Cênicas e Tecnologia da UFSC (PACT), coordenado pelo professor Rodrigo Garcez, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e Associação Nipo Catarinense e pode ser acompanhada pelo blog: www.projeto5760.blogspot.com. Em dezembro, o cortejo deverá ser levado a Brasília.

UM ABRIGO CONTRA OS NÚMEROS DA VIOLÊNCIA



 Em 10 anos, 41532 mulheres foram assassinadas no Brasil. O Censo da Previdência Social mostrou que entre mulheres de 16 a 44 anos a principal causa de LER e de lesões irreversíveis e graves com deformação física ou mental é a violência doméstica.  Em 24 horas, 3.600 mulheres são agredidas, resultando em 10 a 12 óbitos em média e a cada dois minutos cinco sofrem agressões físicas. A cada 15 segundos uma mulher sofrer uma agressão e 230 em uma hora. No final do dia são 5760. Morrem por dia 10 a 12 mulheres no Brasil. Não entram nas estatísticas as mulheres que desaparecem nem as que se matam.
Em SC, 58 mulheres foram assassinadas em 2010 e para garantir a segurança só temos quatro casas de abrigos em 293 municípios do Estado em Joinville, Blumenau, Camboriú e São José. No ano passado, o  6 DP registrou 5760 agressões e 5760 B.O.s  em Florianópolis. O Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa revelou que 772 idosas se encontravam em situação de violência no ano passado, só em Florianópolis, Mesmo com uma incidência altíssima de situação de risco para mulheres dentro do lar, a Capital não tem um abrigo.  
Divulgação: Raquel Wandelli: 99110524 e 37219459
(Para solicitar fotos em boa resolução dos preparativos para a performance)
Ilze Körting: 84723850

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a mulher não para meus amigos.
as... peça algumas infos também das ações da UFSC
tamu junto!


vou aproveitar e mandar bala do blog de Karina Meireles, assim vemos um pouco mais dessa perseverança e desgarra do fingimento.
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de: http://karina-meireles.blogspot.com/


Feminismo? Caridade?


 A palavra "feminismo", de significação elástica, deturpada, corrompida, mal interpretada, já não diz nada das reivindicações feministas. Resvalou para o ridículo, numa concepção vaga, adaptada incondicionalmente a tudo quanto se refere à mulher.Em qualquer gazela, a cada passo, vemos a expressão "vitórias do feminismo" – referente, às vezes, a uma simples questão de modas! Ocupar uma posição de destaque em qualquer repartição pública, cortar os cabelos "à la garçonne", viajar só, estudar em academias, publicar um livro de versos, ser "diseuse", divorciar-se três ou quatro vezes, pelas colunas do "Para Todos", atravessar a nado o Canal da Mancha, ser campeã de qualquer esporte. – tudo isso consiste "nas vitórias do feminismo", vitórias que nada significam perante o problema da emancipação integral da mulher.

A verdadeira emancipação é posta de lado

É uma tática bem manejada. Enquanto as mulheres se contentam com essas "vitórias", a sua emancipação é posta de lado ou nem chega a ser descoberta pelos tais reivindicadores de direitos adquiridos... E essas reivindicações não se podem limitar a ação caridosa ou a um simples direito de voto que não vem, de modo algum, solucionar a questão da felicidade humana e se restringirá a um número limitadíssimo de mulheres. Aliás, quando os homens sérios retiram-se, num ostracismo voluntário, dessa política de latrocínios oficializados, desse bacanal parasitário, desse despudor em se tratando dos negócios públicos; quando se decreta, positivamente a falência, o descrédito do parlamentarismo em toda uma sociedade em plena decomposição, – é agora que a mulher acorda e sai correndo atrás do voto, coisa que deveria ser reivindicado a cem ou duzentos anos atrás... o supõe, ingenuamente, estar cuidando dos interesses femininos ou dos interesses sociais.

A solução para os problemas humanos não é a caridade

E quando chegamos à conclusão de que a caridade humilha, deprecia, desviriliza; desfibra a quem dá e a quem recebe; quando sentimos que a solução para os problemas humanos não é a caridade que sufoca todas as fibras interiores de que tira, às faces escancaradas da miséria, as sobras, o supérfluo; a caridade que estrangula todas as energias latentes daquele que estende as mãos para receber, servilmente, o que sobra das orgias e da exploração dos que vivem à custa do trabalho alheio; quando por si mesma, a moral de que se alimenta a sociedade vigente decreta a falência, essa moral odiosa, de classes de ricos piedosos e de pobres a receberem esmolas, de exploradores caridosos e explorados calculadamente vigiados pela força armada, mantenedora da passividade exterior e da revolta latente dos ilótas modernos; essa moral farisaica que, para os ricos aconselha a caridade, a distribuição ostentosa do supérfluo adquirido à custa do suor proletário, e para os pobres recomenda a resignação passiva, o receber humildemente as sobras que espirram, por acaso, das mesas dos ricos e olhar ainda agradecidos, para essas mãos orgulhosas que se divertem nas caridades exibicionistas dos salões elegantes, tirando partido das misérias sociais para o seu prazer; quando novas fórmulas de uma moral mais pura se nos apresentam para outra organização social de mais eqüidade, – ainda a mulher está convencida de que a sua mais alta missão na vida é a caridade e só conhece a questão social através da caridade, mas, dessa caridade de chás, tangos e requebros nos salões...

Gastam somas fabulosas com a construção de igrejas e exploram torpemente os criados

Essa mesma mulher que reparte altas somas para a construção de igrejas ou "creches" religiosas, explora, torpemente, os criados, a cozinheira, a lavadeira, a costureirinha contratada para trabalhar em sua casa, horas e horas, sob o olhar impertinente da mundana ociosa, da criatura virtuosíssima que, pelas colunas da imprensa, espalma as mãos dadivosas consolando os infelizes, os mal instalados na vida... Dá por um chapéu, por uma pluma, um brinco, um vestido de baile, um leque, uma sombrinha, uma jóia, por qualquer fantasia, somas fabulosas, inacreditáveis, entretanto, exerce pressão vergonhosa sobre a sua bordadeira que lhe cobra uma miséria por qualquer trabalho feito com sacrifício inaudito, em horas triturantes de agonia, à noite depois de exausta do trabalho diário do atelier – no qual também já lhe tiraram gotas de sangue, na amargura da exploração pelo salário quotidiano.

Chora ante o ecran do cinema e fica impassível ante as injustiças sociais

Sentimentalismo de epiderme que faz chorar ante o écran do cinema e, todavia, soluça em torno da elegância caridosa, toda a miséria ciclópica da luta pela vida e ela não vê, não quer ver o sofrimento milenar da mulher proletária , calculadamente cultivada a sua ignorância através do pão duro de cada dia, no trabalho exaustivo da fábrica, das oficinas e no lidar doméstico – servindo à ociosidade farta da alta sociedade ou dos bordéis do vício elegante.A piedade das senhoras caridosas não vê, não sabe da luta dantesca de uma pobre moça do povo que resvala na miséria mais negra se não cai nos braços escancarados da prostituição "necessária" nesta sociedade bestial e moraliteísta. A atividade da mulher elegante só sabe votar-se a essa caridade exibicionista dos salões iluminados, onde ostenta a sua beleza e sentimentos problemáticos de uma bondade estudada no espelho... A mulher é vaidosa e comodista e os psicólogos femininos preocupados em agradar, em fazer psicologia de "boudoir" – não perscrutam, não querem ver a falsidade dos altos sentimentos caridosos do mundanismo elegante. Prefere continuar a sofrer as conseqüências do seu servilismo, da sua submissão a desenvolver o caráter, as faculdades de iniciativa para lutar contando com as suas próprias energias. Procura conservar o seu parasitismo dourado, indiferente aos males sociais: é odalisca e cortesã, mas, vai à Igreja, em horas chics, rezar pelo próximo e, dançando um passo moderno, exerce a caridade.

Como é odiosa e perversa essa caridade!
Civilização de protetores e protegidos

E a mulher duplamente escravizada não compreendeu que é necessário sim, alevantar o ânimo abatido do que luta, do que pensa sucumbir aos embates da injustiça social, dar-lhe meios de subsistência pelo próprio esforço e fazer dele um indivíduo capaz de ver a casta civilização de fartos e famintos, de ociosos parasitas vivendo à custa do sacrifício alheio, civilização de protetores e protegidos, de lobos e cordeiros, em que os mais altos sentimentos se confundem com as mais torpes baixezas, de chibata azorrague, de avariose e cafetismo, de excesso de ociosidade e excesso de miséria. E tudo, inclusive, principalmente a literatura, essa literatura nefasta, de elogios, de louvores incondicionais, literatura odiosa endeusando a fêmea, literatura à Júlio Dantas tudo contribui para o cultivo sistemático da pieguice, de chiliques e requebros, do falso sentimento, do sentimentalismo para o público. E o raciocínio, por si obscurecido através da escravidão feminina secular, da tutela dos dogmas e da moda, dos prejuízos e da rotina, fecha-se sob a chuva de galanteios, de frases feitas. E a mulher esquece-se de que tem mais alguma coisa além da sua carne, do seus contornos perturbadores. Deixa de ser mulher para ser apenas o animal do homem. A grande miséria, a enorme dor das injustiças sociais vive ao seu lado e a mulher desvia o olhar para poder divertir-se, gozar das regalias e do seu comodismo de "bibelot", de lulu número 1, prisioneira nas gaiolas douradas das avenidas elegantes, sempre a mesma escrava, odalisca e cortesã.

Adormecida dentro dos trapos

A alma feminina jaz adormecida dentro dos trapos, das jóias, do império da moda, – a eterna sultana desse harém de civilizados que ainda compram, vendem, exploram, seduzem, abandonam por imprestável a mesma mulher, cuja posse exclusiva consiste a sua preocupação única. É deprimente a situação da mulher superior, neste meio de cafetismo social, em que os homens não sabem olhar uma mulher senão desrespeitando-a.
E para quê enumerar essas associações atrasadas do feminismo de caridades?
Sem dúvida é doloroso perscrutar as misérias dos famintos, da nudez, dos cortiços.
Mas, não se trata de esverrumar a causa da chaga sangrenta da miséria, mesmo do coração da opulência, ao lado da ociosidade que se diverte cinicamente, depois de atirar uns níqueis para os esfaimados, níqueis roubados ao trabalho árduo dos explorados do salário.

Divertimentos à custa da dor

Há apenas a preocupação de se jogar migalha na boca escancarada da fome, talvez para que nos deixem em paz... E, divertir-se a custa da dor, da amargura, da fome, é insultar o sofrimento.
E a miséria está de tal modo humilhada, deprimida, que nem forças tem para devolver, orgulhosamente, os restos que se lhe atiram através dos esplendores dos salões elegantes, por entre as pontas dos dedos enluvados para que não volte um salpico das calçadas a enlamear-lhes as mãos dadivosas. Não houvesse ociosos fartos, degenerados pelo tédio e pelos vícios elegantes, não houvesse a exploração do homem pelo homem, não houvesse a exploração da mulher pelo homem, e certo não seria "necessária" a prostituição, essa perversidade inominável em nome da virtude.
A caridade é "a janela da consciência", aberta para a exploração diurna e noturna do proletariado nas oficinas, nas fábricas e do camponês, do colono na agricultura. Para que a elegância brilhe, para que triunfe o mundanismo, para que os "cabarets" e os "cassinos chics" regorgitem de ociosos – é preciso que o colono, campônio e o operário de ambos os sexos seja triturado, dobrado, esmagado nas oficinas, na lavoura, nas fábricas, dia após dia, sem tréguas, sem nenhum direito a não ser o direito ao trabalho obrigatório.

As várias superstições

É a escravidão moderna do salário para matar a fome e cobrir a nudez dos filhos, também cedo destinados à exploração torpe e miserável do parasitismo social, incansável na sua faina, de acumular bens para gozar à custa do suor exaustivo das máquinas de trabalho, dos animais de tiro, do proletariado mundial. Devemos à superstição governamental, à superstição religiosa sectarista, à superstição patriótica, à superstição nacionalista, à superstição do progresso material, à ganância de uns e ao servilismo da maioria – o predomínio desta civilização de duas classes sociais: a dos ricos e a dos pobres.
A humanidade custará a compreender que a vida social poderia desdobrar-se num ambiente de solidariedade, de auxílio mútuo, sem amos nem escravos, sem protetores e protegidos, sem representações parlamentares em mediocracias diplomadas...

Religiões - instrumentos de explorações dos incautos

Levará ainda tantos séculos a perceber que as religiões organizadas, política e economicamente, não são senão instrumentos de exploração dos ignorantes, dos desfibrados, dos ambiciosos, dos moluscos, dos que carecem de espinha dorsal... Ninguém cresce na sua individualidade através da consciência ou, talvez, da inconsciência de outrém. Não é demais repetir que a atual organização social baseia-se na ignorância de uns, no servilismo da maioria, na astúcia de outros, no comodismo de muitos, na exploração dos espertos, na felicidade dos "proxenetas" e "souteneur ", desse cafetismo, desse regime de concorrência, em que se compra e vende tudo, inclusive o Amor e a Consciência – as mais altas manifestações do que é nobre e belo e grande, do que tumultua na vibração interior da nossa vida profunda.

Representação parlamentar: circo de cavalhinhos

Sentimos que as mentalidades de "elite" ultrapassaram de há muito a moral atual que tenta acorrentar ainda as aspirações humanas libertárias. Tudo faliu: a igreja, o parlamentarismo, a academia, a instituição legal do casamento, o ensino universitário, o patriotismo. Pois bem: é agora que a mulher vem reivindicar o direito do voto – quando a representação parlamentar é circo de cavalinhos, o sufrágio universal uma mentira. A mulher, essa energia latente formidável que vem despertando para a atividade social, já foi enlaçada pelo passado reacionário – para dispersar todas as suas forças na corrente das "verdades mortas".

Feminismo de votos e feminismo de caridades

É a razão por que não posso aceitar nem o feminismo de votos e muito menos o feminismo de caridades. E enquanto isso a mulher se esquece de reivindicar o direito de ser dona de seu próprio corpo, o direito da posse de si mesma. Sou "indesejável", estou com os individualistas livres, os que sonham mais alto, uma sociedade onde haja pão para todas as bocas, onde se aproveitem todas as energias humanas, onde se possa cantar um hino à alegria de viver na expansão de todas as forças interiores, num sentido mais alto – para uma limitação cada vez mais ampla da sociedade sobre o indivíduo. Que representa uma "creche", um hospital ou o direito de voto ante a vastidão dos nossos sonhos de redenção humana pela própria humanidade? É subir mais alto o coração e o cérebro, ver horizontes mais dilatados -além do sectarismo religioso ou da superstição social governamental. Isso é feminismo? Dêem o nome que quiserem, pouco importa: o que esse feminismo (não me agrada a expressão tão estreita para ideal tão amplo) reivindica é o "Direito Humano", o Direito Individual, acima de qualquer outro direito, além dos direitos limitados ao parlamentarismo, além dos direitos de classe.

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