Parece que tem mais ideias de fortalecendo e somando a EuCor Reprime, falei o com o Raul Plácido, camarada Alagoano, fotografo/jornalista, morador de um dos conjuntos mais perturbados de Maceió, que leva o nome de um dos escritores que exerceu o regionalismo como produção, Graciliano Ramos e suas obras nos fortaleceram com a passagem do tempo, assim como mais pra frente ele pode estar trazendo bem mais imagens do que nem quero falar...
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Raul Plácido diz:
pera
devagar
essa vc
do puff
Bebeto Fonseca diz:
puff?
como chamaria essa imagem?
Raul Plácido diz:
a do ursinho
sei não
mas se ligue na historia
Raul Plácido diz:
quando a agua baixou a criança que era dona do urso voltou para buscalo
Raul Plácido diz:
ainda era madrugada
Raul Plácido diz:
POSSO DESCREVER O QUE FOI ISSO PARA MIM
Ensaio de: Raul Plácido
[Há pouco mais de um ano eu estava trabalhando na campanha para governador do estado como fotografo quando ocorreu a maior tragédia no meu lindo Estado de ALAGOAS. As águas engoliram cidades, pessoas, sonhos, vidas! Como se Deus estivesse fazendo uma limpeza no meu estado. Mas porque ele não fez essa limpeza aonde os barões da cana de açúcar, dos usineiros, dos políticos e pistoleiros fardados estavam? Por isso que acredito que não foi Deus quem quis isso! Uma tragédia anunciada pelos veículos de comunicação pelos técnicos que fizeram as denuncia que a barragem poderia romper a qualquer momento. E eu só me perguntava por quê?
A primeira cidade a visitar durante esse período foi a Cidade de Satuba. Uma cidade linda, cheia de fazendas, pessoas humildes e trabalhadoras. Mais quando cheguei não foi o que vi! Na verdade não consegui distinguir o que era fazenda e casas e o que era rio. As lágrimas escorriam como o rio que passava por debaixo da ponte que estava servindo de apoio para que eu pudesse fotografar.
Depois fui para a cidade de Murici – fotos entregues em anexo – que estava em pior situação que Satuba.
. . .]cheias,
trombas'd'água,
aí meus telhados,
aí meu chão,
o que é de ti,
sem a força natural,
mesmo que seja com a morte,
de um povo.
rios,
que,
transbordam,
fé.
meus passos,
esses mesmos que
se vão entre o
mergulho profundo,
ainda pisa leve,
se banha de sonho.
nos deram ao tempo,
aos esmos exacerbados,
a penúria,
que nos domina,
da voz de um Deus calado,
o sertão não mais clama,
embrutece no caldo.
vida,
não
fosse vida,
seria ela.
Deus,nada,
além,
de nós,
mais temos,
dai-nos,
força,
de homem,
terreno.
palavra,
palavrão,
palavrona,
palavra,
que,
não,
sai.
vida, enquanto seca,
se disseca,
e nasce,
e se aquece...
os sertões,
os céus,
as ribeiras,
tudo em um só mar,
além-litorâneo,
que suporta minhas veias.
Fotos: Raul Plácido
Textos imagens: Humberto Fonseca
EuCor Reprime Brasil
Estudo Cinematográfico Utopista Onipresente Regionalista
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